quarta-feira, 1 de abril de 2009

1º de abril

1º de abril, dia típico para os engraçadinhos que gostam de contar piadas sem graça, de encher nossos ouvidos com mentirinhas bobas... Fazia tempo que não ouvia alguém me pregar uma peça neste dia... Pois bem, eu disse fazia... Mas não que tenham me pego desprevenida... Quem pregou a peça fui eu!!!

Vamos ao início de tudo. Terça-feira, 31/03, show da banda no Conversa Afinada (aliás, não percam o Terça em Movimento... Show!!). Saímos de lá por volta das 2h da manhã e eu só pensando em como faria pra acordar às 06:30 para trabalhar.

O despertador tocou, levei uns 30 minutos pra acordar, levantei, me arrumei, engoli uma caneca de nescau no automático, sem parar pra pensar... Tentei sair de casa umas 3 vezes, porque o Alfredo saía junto comigo cada vez que colocava o pé fora de casa. Na quarta tentativa, me irritei, joguei o Alfredo na cozinha e saí correndo, batendo a porta e trancando com a chave.

Esse foi o meu erro! Esqueci que tinha deixado o meu namorado dormindo e que ele iria mais tarde para o trabalho. Tranquei a porta com a chave e ele não tinha uma cópia. Resumindo: ele não podia sair de lá até que eu voltasse pra casa. Até pensei em pegar um taxi para tirá-lo dessa situação, mas os ativistas do Greenpeace resolveram fazer uma manifestação na ponte e transformaram o já caótico trânsito de Niterói, no caos da semana. Levaria o dia inteiro para chegar em casa. Primeira derrota: ele ficaria lá, esperando a minha volta do trabalho.

Cogitamos a hipótese de chamar um chaveiro para abrir a fechadura e libertá-lo do cárcere que se tornou o meu apartamento. Mas ele logo desconsiderou a idéia, porque se recusava a pagar caro por um serviço simples. E eu estava preocupada com preço? Queria resolver a situação de qualquer jeito.

Pra piorar a situação, não tinha comida em casa e ele resolveu fazer um miojo. Pensei: ufa, isso eu tenho! Mas como o dia ainda não estava suficientemente ruim, o miojo estava vencido. Ele resolveu comer assim mesmo. Minha culpa que já era maior do que eu, ficou gigantesca. Só pensava: além de sequestrar, vou matar meu namorado intoxicado.

Tentando ser um pouco "Poliana" em meio a uma situação sem solução, pensei: que bom que ele está preso dentro de casa. Assim, não corre o risco de levar uma bala perdida. É, uma bala perdida... Neste dia, não mais do que neste dia, resolveram retomar os tiroteios nos Tabajaras. Logo hoje? O que mais falta acontecer?

Enquanto eu me matava de remorso, ele estava tranquilo e só me dizia: relaxa... E eu só pensava no quanto poderia estar irritada se eu estivesse no lugar dele. Ponto pro meu namorado! Me fez pensar no quanto me irrito com facilidade... No tanto de tolerância que ainda tenho que acrescentar à minha personalidade. Eu já teria arrancado os cabelos...

Lição Nº 2: Deixar uma chave reserva no chaveiro, dentro de casa. Pra nunca mais correr esse risco.

Um comentário:

  1. Hahahahahahahahahaha figura! Bem que vc disse q iria escrever isso.

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